terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fossa

Ela me cantava essa música e dizia que a letra se parecia muito comigo. E que um dia iria lembrar... pior é que escutei isso ontem indo pra balada.

Everybody's changing

You say you wander your own land
But when I think about it
I don't see how you can
You're aching, you're breaking
And I can see the pain in your eyes
Says everybody's changing and I don't know why
So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I'm trying to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same...

sábado, 22 de agosto de 2009

Os amigos

Quando dizem que nossos amigos verdadeiros são nossa família, eu gosto de pensar nisso.
No meu círculo de amizades, são muitos os conhecidos que tenho e até amigos de infãncia.
Minha ex não gostava muito deles, sabe, era uma dificuldade fazer com que ela aceitasse certas coisas. Eles gostam de fumar, e muitos ainda estão naquelas do lança ou da bala.
Ela criava encrenca.
Não "admitia" certas coisas. Cansei de ouvir essa palavra, viu.
E aí, íamos pra praia num carro só, e meus amigos defumando o recinto com a erva e ela reclamando. Havia vezes em que aquilo se tornava insuportável. O final de semana pra ela era perdido, e ela fazia de tudo para acabar com o meu. Reclamando, reclamando, reclamando.
Mas nem assim eu dei a bota nela... não sei, tava ruim mas tava bom, entendem?
Certa vez, saímos para a night, fomos numa baladinha. Todos beberam muito, e fiquei sabendo que um de meus amigos tentara agarrá-la. Perguntei a ela se era verdade e ela confirmou. Mas o cara era meu sócio em uns projetinhos, então eu relevei. Ele estava bêbado. Nem falei com ele a respeito.
Hoje esse meu amigo continua frequentando minha vida, mas ok. Não gosto de me indispor com as pessoas, não gosto de criar inimizades, então desconverso, saio de cena.
Quase nenhum de meus amigos trabalha. Acho que isso era meio foda pra ela entender, também.
Ela tinha ares de superioridade, de quem trabalhava e já tinha estudado muito, falava outros idiomas... sei lá, não faz muita diferença na minha vida real.
Quando tomei a bota, foi foda, mas sei lá, deu um certo alívio. Minha mãe pararia de encher o saco, e os amigos também. Mulher tem hora que atrapalha a vida.
Sei lá, arrumei outra depois disso. Mais nova, claro. Para que o deadline do casamento demorasse a vir...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ex

Bom, aproveitando que ninguém aqui me conhece (e esse é o maior dos motivos para eu estar aqui, pois posso falar o que quiser sem verniz nenhum) eu fui, digamos, omisso em meu relacionamento anterior, que durou alguns vários anos.
Aliás, enrolar é meu forte.
Enrolei a coitada por anos, eu não dizia nem que sim, nem que não. Eu simplesmente escapava pela tangente, saía igual ao leão da montanha, me esquivava das responsabilidades.
E sinceramente pensava que nunca fosse ter fim. Sabem, eu gostava mesmo dela.
Tenho de reconhecer o quanto ela pastou na mão de minha mãe, que nunca foi uma pessoa muito fácil. Mas eu dava de ombros e relegava tudo isso ao acaso... um dia tudo se resolveria.
Foram muitas as sinucas de bico em que meus compadres de trakinagens me deixaram.
Tive meus "segredos" quase revelados (ou inteiramente revelados) algumas vezes, mas consegui me sair bem. Acho que meu poder de persuasão é significativamente bom.
Até que um dia... bem, o grande dia chegou. O dia em que levei a bota. O fora.
Meu mundo caiu.
Ela me disse: bla bla bla bla, não quero mais você, bla bla bla, vá procurar sua turma, bla bla bla, some daqui.
E de repente, tudo o que eu fazia não tinha mais sentido...

domingo, 16 de agosto de 2009

Introdução biográfica

Passei boa parte de minha vida tratando coisas e pessoas como commodities.
Não via razão para ser diferente, visto que no final das contas, tudo se ajeita.
E foi sem dar muita atenção às pessoas e coisas que me tornei quem sou. Um homem de quase 30 anos, solteiro convicto, porém comprometido...até que ela descubra que um matrimônio não faz parte de meus planos.
A vida é muito curta para conseguirmos realizar tudo o que queremos e, no meu caso, tudo o que eu posso.
Quando na vida não existem limitadores, chegamos ao ponto em que cheguei.
So, why worry?